20 de dezembro de 2013


Sou uma grande fã de Ficção Científica, e entre os escritores de Ficção Científica um dos meus prediletos é Isaac Asimov. Então aqui vai um breve resumo da biografia deste grande escritor... 

Asimov nasceu em um gueto chamado Petrovichi, localizado na cidade russa de Smolensk no dia 02 de janeiro de 1920. Posteriormente em 1.923, migrou com sua família para os Estados Unidos, sendo criado em Nova York no bairro do Brooklyn. Ele dedicou sua vida para a divulgação científica e a criação de obras de ficção científica.

Escreveu sua primeira obra aos quinze anos e aos dezoito conseguiu vender seu primeiro conto para a revista Amazing Stories. Asimov publicou mais de duzentos e sessenta livros durante sua vida, sendo cerca de cinqüenta romances e mais de duzentos livros de divulgação científica. Sua linguagem simples e característico senso de humor abriu as portas da ciência e das descobertas científicas para um público leigo.


Asimov também ficou famoso por suas obras envolvendo robôs, palavra criada por ele. Nestas obras ele introduziu as Três Leis Fundamentais da Robótica, estas leis são fundamentais para a boa convivência entre a máquina e o ser humano, pelo menos na teoria.

Primeira Lei: um robô não pode causar dano a um ser humano nem, por omissão, permitir que um ser humano sofra.

Segunda Lei: um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto quando essas ordens entrarem em conflito com a Primeira Lei.

Terceira Lei: um robô deve proteger sua própria existência, desde que essa proteção não se choque com a Primeira nem com a Segunda Lei da robótica.

Ele justificou a criação destas leis para introduzir um processo de salva-guarda nas máquinas, que são criadas substancialmente pelo homem. E todos nós sabemos como o ser humano pode ser cruel. Muitos críticos ainda hoje acreditam que os robôs e as máquinas em geral poderão ser a causa de um futuro apocalíptico.



Asimov por outro lado, via nos robôs, computadores e máquinas, um meio útil de libertar o ser humano para tarefas mais criativas. Não sei ao certo até que ponto concordo com Asimov neste aspecto, pois a princípio a índole do robô dependerá sobre tudo de quem o cria, e geralmente o criador é um ser humano. Então há uma linha tênue entre ser liberto para atividades criativas e transformar os robôs em uma legião de escravos. Ou quem sabe, o ser humano poderia se tornar tão alienado e preguiçoso, que até mesmo as atividades criativas poderião ser renegadas a um segundo plano. Obviamente Asimov pensou em todas estas possibilidades muito antes de nós, um exemplo é o seu livro, Nós Robôs, que reúne diversos contos envolvendo um tema ético em relação a convivência com estas criaturas tão inovadoras.





Enfim Isaac Asimov foi um dos mais importantes representantes da Ficção Científica, servindo de inspiração para outros importantes escritores. Suas obras são caracterizadas pela linguagem simples e seu modo pitoresco de contar um boa história. Ele também explorou de forma primorosa todas as características psicológicas e sociológicas da humanidade, as incluindo em seus robôs mais carismáticos. Asimov foi um pioneiro, ele mostrou para nós leitores, uma variedade eclética de futuros plausíveis, e somente por isso já vale a pena ler um livro escrito por ele.



Pequena Cronologia:

1.920 Asimov nasce em dois de Janeiro.

1.923 Família emigra para os EUA e vai morar em Nova York.

1.935 Começa curso de Química junto a Universidade de Columbia, onde fica até 1.939 quando se forma.

1.938 Publica seu primeiro conto na revista : Amazing Stories - Morooned of Vesta.

1.941 Começa a trabalhar em um dos laboratórios da marinha na Filadélfia.

1.942 Em maio deste ano pública o primeiro conto relacionado com a Saga Fundação na revista Astounding Science Fiction, seu título era apenas Fundação.

1.948 Pela Universidade de Columbia obtém o doutorado em bioquímica.

1.949 Inicia sua carreira de docente pela Universidade de Bioquímica da Escola de Medicina da Universidade de Boston.

1.950 Publica neste ano seu primeiro livro Pebble in the sky - Seixo no céu, e em seguida Eu Robô, neste livro ele cria as Três Leis Fundamentais da Robótica. Publica também o primeiro livro da saga Fundação.

1.954 Inicia suas publicações de divulgação científica com o livro Chemicals of Life.






 1.980 a 1.992 Ele dirige a Isaac Asimov Magazine, revista semanal editada nos EUA, que é voltada para divulgação de contos dos autores de Ficção Científica. Nesta década ele intensifica suas publicações tanto em nível científico, como em seus romances de ficção científica, envolvendo o Império e os Robôs. É contratado como consultor na área de ficção científica por vários diretores de filmes relacionados com o tema, inclusive pela equipe de Jornada nas Estrelas o filme de 1.979 Star Trek The Motion Pictures. Continua escrevendo até sua morte em 1.992 na cidade de Nova York.

No começo da década de noventa a Editora Record começou a editar a Asimov Magazine no Brasil em formato de bolso, mas a edição foi apenas até o vigésimo quarto volume.








Publicações mais conhecidas:
  • 1.950 - Pebble in the Sky - Seixo no Céu.
  • 1.951 - The Star, like Dust - As Estrelas como Poeira.
  • 1.951 - Foundation - Fundação.
  • 1.952 - The Currents of Space - As Correntes do Espaço.
  • 1.952 - Foundation and Empire - A Fundação e o Império.
  • 1.953 - Second Foundation - Segunda Fundação.
  • 1.954 - The Caves of Steel - As Cavernas de Aço.
  • 1.957 - The Naked Sun - O Sol Nú.
  • 1.982 - Foundation's Edge - A Beira da Fundação.
  • 1.983 - Foundation and Earth - Fundação e a Terra.
  • 1.983 - The Robots of Dawn - Os Robôs do Amanhecer.
  • 1.985 - Robots and Empire - Os Robôs e o Império.
  • 1.988 - Prelude to Foundation - Prelúdio da Fundação.

Para você que deseja ler a saga Fundação, sugerimos a seguinte ordem de leitura: Prelúdio da Fundação, Crônicas da Fundação, A Fundação, A Fundação e o Império, A Segunda Fundação, Fundação II - Foundation's Edge e a Fundação e a Terra.



Outras Publicações no Brasil:
  • Nêmeses.
  • As Cavernas de Marte.
  • Caça dos Robôs.
  • Fim da Eternidade.
  • Nós os Marcianos.
  • O Futuro Começou.
  • O Homem Bicentenário.
  • Oito-dois-sete era galáctica.
  • Os Oceanos de Vênus.
  • Para onde vamos?.
  • A Terra tem Espaço.
  • Despertar dos Deuses.
  • Júpiter á Venda.
  • O Cair da Noite.
  • O Grande sol de Mercúrio.
  • O Robô de Júpiter.
  • Os Anéis de Saturno.
  • Vigilante das Estrelas.
  • Os Robôs.
  • Eu, Robô.
  • Nós, Robôs...
  • O Fim da Eternidade.
Texto por Adriana Portes
Base Antares

11 de dezembro de 2013



O gênero ficção nasceu de obras literárias desencadeadas por homens criativos e da disposição de leitores imaginativos. Alguns escritores acreditam que a base da Ficção Científica surgiu com Luciano de Somásata - século II d.C., um admirador e seguidor de Mênipo um sírio que morou na Grécia por volta do século III a.C, e o qual alguns historiadores gregos atribuem a autoria de As Mil e uma noites. Luciano escreveu As Histórias Verdadeiras, obra que narra a viagem de um homem para a Lua com um barco a vela, o qual é carregado por um tufão. Contudo antes dele, no século I d.C, Antônio Diogênes aventurou-se nesta área, mas seus escritos não ficaram tão conhecidos como os de Luciano. Na narrativa de Diogênes um homem viaja para a Lua apenas tomando a direção Norte e seguindo para o eterno frio destas áreas do globo.

Desde muito cedo a humanidade entusiasmou-se com a Lua e o Sol, criando em torno destes objetos, por motivações diversas, lendas e episódios fantásticos. Mesmo na antiguidade muitas narrativas envolvendo mitos, lendas e fantasia já eram bastante disseminadas, um exemplo é a obra de Homero com a Odisséia, que conta as viagens de Ulisses à procura do caminho de casa a Ilha de Ítaca. Mas a narrativa de Luciano de Somásata desencadeou outras criações ligadas ao ramo que denominamos de Ficção Científica, sendo portanto, um catalizador de idéias fantásticas.


Em 1.634, As Histórias Verdadeiras de Luciano, foram traduzidas para o francês e outras línguas modernas,quando esta narrativa chegou as mãos dos leitores fez grande sucesso. Um deles Cyrano de Bergerac criou As Viagens à Lua 1.657, como sempre ele usou tal narrativa para introduzir sua sátira social e suas críticas ao governo e sociedade francesa da época, isso muito antes da Queda da Bastilha.

Em 1.705, Daniel Defoe escreveu O Consolidador, sobre uma viagem a Lua, isto bem antes de seu romance Robinson Crusoé. Em 1.752, Voltaire, que na verdade chamava-se François Marie Arouet escreveu Micrômegas, onde ele narra as aventuras de um gigante de um planeta que órbita a estrela Sírius, o gigante visita a Terra e Saturno. Como sempre Voltaire é irônico ao fazer os comentários do gigante a respeito do planeta Terra, este diz: "que nenhuma raça inteligente poderia habitar um planeta como a Terra".

Em 1.818, Mary Shelley escreve seu Frankenstein, uma variação de uma lenda de Fausto muito difundida nas terras de língua germânica. Ela ao contrário dos outros autores da época, retocou cientificamente um romance humanista, que mostra o conflito entre criador e criatura. A literatura de Shelley é conhecida por esta obra, sendo portanto seu cartão de entrada. A obra dela é lembrada por ser uma das primeiras que fazem referência a Ficção Científica na época moderna.

Em 1.835 Edgar Allan Poe, escreveu As aventuras de um certo Hans Pfall, onde narra com minúcias as viagens deste herói à Lua, logo em seguida Júlio Verne em 1.865, conta em capítulos, Da Terra a Lua, e depois, Em volta da Lua. As viagens para nosso satélite natural faziam muito mais sucesso do que viagens interplanetárias e o tema cientificista de Shelley, que foi abandonado temporariamente.



H.G. Wells, seguindo o exemplo de Verne escreveu em 1.901, Os primeiros homens na Lua. E o que dizer de Invasores de Marte? Uma excelente obra. Em 1.895, ele já tinha escrito algo sobre um tema que nos fascina, a viagem no tempo, em A máquina do tempo, ele mostra o futuro da humanidade dentro da sua visão da época, com grandes avanços da tecnologia a beira de um novo século, incrivelmente fiel ao que aconteceu em nosso passado recente, ele narra guerras atômicas. E em um futuro distante ele mostra uma sociedade um tanto comunista, que usa artefatos para guardar seus registros, artefatos similares a CD's, os quais utilizamos hoje em nossos computadores.

Contudo H.G. Wells não foi o único a prever o futuro em suas obras, um mestre nesta faceta foi Júlio Verne, que anunciou prodígios tecnológicos cem anos antes da ciência os tornarem realidade como, submarinos nucleares e viagens espaciais, inclusive com a melhor localização para a decolagem, Florida e o Cabo Canaveral. Seu romance perdido, França no Século XX fala da Globalização, do túnel do canal da Mancha e do aparelho de fax. Acima de tudo Verne era um grande pesquisador científico e mantinha-se informado sobre diversas teorias que foram desencadeadas por cientistas de sua época.



 Quando a Ficção Científica chegou no século XIX, os escritores refletindo sua época tenderam a escrever apenas sobre máquinas e o poderio delas sobre o homem, com o início do século XX até 1.930 surgiu um ramo da Ficção denominado The Pulp-Era - contos divididos em capítulos de fácil leitura - já era um reflexo da humanidade querendo esquecer a Primeira Guerra Mundial finda em 1.914 e se preparando para os conflitos seguintes em 1.939, começo da Segunda Guerra Mundial. A Pulp-Era foi dominada por histórias fantásticas e muito criativas. Uma das editoras americanas que mais incentivou a Pulp-Era foi a Campbell's Editorship. Ela foi invadida por uma nova geração de escritores ingleses e norte-americanos denominados a Primeira Geração, foram criados as Amazing Stories, contos pequenos vendidos a preços populares para conquistar o maior público possível. Sob a tutela de John W. Campbell floresceu a Era de ouro da Ficção Científica com escritores como: Isaac Asimov, Robert A. Heinlein com seu Um estranho em uma Terra estranha, Theodore Sturgeon e A. E. Van Gogt, um dos mais importantes desta geração. Em 1.950 juntaram-se a eles Arthur Clarke, Frederik Pohl, e outros mais, os quais contribuíram para a divulgação da boa Ficção Científica. Durante o período que Campbell foi editor 1.937-1.950, muitos e variados temas foram abordados: robôs, mundos alternativos, viagens a velocidade da luz, viagens de colonização, culturas alienígenas, e as conseqüências advindas de seres humanos conhecendo alienígenas.



Em 1.945, final da Segunda Guerra Mundial, a Ficção Científica tendeu para o lado mais humano e as crises desencadeadas com a convivência em um mundo superpopuloso e seus problemas, além do ambiente pós-guerra. Um bom exemplo desta preocupação são as Aventuras de Perry Rhodan, 1.961, mostrando um mundo em meio a uma possível Terceira Guerra Mundial. Rhodan e seus companheiros encontram na Lua os Arcônidas que auxiliando Rhodan fazem com que este traga enfim a paz para o planeta Terra.

Fundação.Deste ambiente preocupante surgem duas vertentes: a Ficção Humanizada ou Ficção Sociológica, que analisa o homem e seu teor psicológico perante a sociedade, um bom exemplo é a obra de L. Ron Hubbard, um tanto satírico e irônico. E uma segunda vertente a que visa as conquistas tecnológicas a Ficção Tecnológica, algumas obras de Asimov podem ser citadas aqui, principalmente no que tange sua Saga Robôs. No entanto dentro de sua Saga Robôs também podemos notar nuances de preocupação humanizada. Contudo devo lembrar que sua obra conhecida como Fundação, mescla de forma inteligente estas duas vertentes. Com o passar das décadas a Ficção Tecnológica sofreu uma evolução e dela surgiram outras variações, a mais radical é chamada Ficção Científica Hard, que intensifica as explicações científicas, muitas vezes as convertendo de real para o mundo ficcional.

A televisão da década de 1.950-1.960 usou o tema Ficção Científica voltada para o público jovem por isso as séries em sua maioria não eram na verdade o ideal da boa Ficção Científica defendida por muitos escritores da época , apesar disso algumas séries se destacam como boas. Jornada Nas Estrelas teve como alicerce seus excelentes roteiros principalmente: G.L. Coon, D.C. Fontana e Harlan Ellison, que escreveu Cidade a beira da Eternidade, ganhando o Prêmio Hugo em 1.967. Outra série que fez sucesso na mesma época foi Viagem ao Fundo do Mar e Tunel do Tempo, e outras que traziam um toque de humor à esfera pseudo científica, como Perdido no Espaço.

Na década de 1.970 a televisão foi invadida por séries de pouco valor científico ou com roteiros pobres, dando mais ênfase a ação do que a Ficção Científica, uma exceção foi a bem elaborada Battlestar Galactica, onde humanos, que não nasceram na Terra e sim em várias colônias, procuram um novo planeta para habitar, a mítica Terra, além disso precisam proteger-se de seres cibernéticos denominados Cylons.



Na década de 1.990 começam a surgir projetos mais sérios voltados para o ramo da Ficção Científica na televisão. Um bom exemplo é a Série Babylon 5 criada por J. Michael Straczynski, que foi o responsável por noventa por cento dos roteiros da série ou teve colaboradores como o excelente Harlan Ellison e outros escritores de renome dentro da Ficção. Entre 1.990 e 2.005 outros projetos importantes vieram para televisão, como Stargate-Atlantis e a reedição de Battlestar Galactica com uma temática completamente nova. Mesmo Jornada nas Estrelas ressurgiu bravamente com a Série Deep Space Nine e posteriormente Enterprise.


No filão da literatura houve grande evolução desde de 1.970, principalmente com a disseminação dos computadores e da rede mundial de informação, a Internet. Os escritores foram ficando cada vez mais introspectivos e mesmo dentro do filão da Ficção Científica Hard surgiram novos grupos, um deles foi denominado Estilo Cyberpunk. Histórias cada vez mais apocalípticas e tendo o computador e o mundo digital como personagem principal. Os humanos seriam renegados ao papel de escravos dos computadores. Ou seriam apenas matéria orgânica necessária para o funcionamento das máquinas. Podemos destacar neste período várias vertentes, entre elas, as obras introspectivas chamadas de Cyberpunk, um exemplo é o escritor Willian Gibson com sua obra Neuromancer. E as obras sociológicas, obras dedicadas ao colapso do mundo derivado do controle das máquinas e ou do controle irresponsável de manipuladores dentro das grandes corporações. Podemos citar o famoso e antigo 1.984 de George Orwell ou Islands in the Net de Bruce Sterling. Também seguindo este filão o livro Cyteen de Carolyn J. Cherryh, que também gerou outros dois volumes. Nesta obra em particular, o ser humano deve ser recriado até atingir a perfeição. Enfim novamente a Ficção Científica reflete a situação atual da sociedade e incorpora esta situação como pano de fundo para viagens além da imaginação...

Atualmente a Ficção já é reconhecida como obra literária de respeito, coisa que não acontecia há cinqüenta anos atrás, Ficção Científica era renegada a um segundo plano e considerada à margem das obras literárias, seu público era específico e pequeno, atualmente o mercado literário é invadido por várias obras inclusive um gênero que ás vezes se mistura com a Ficção Científica o gênero Fantástico, muito utilizado pelo autor, Charles Sheffield, ver sua obra Os Construtores do Universo ou Divergência, ou o gênero Fantasia utilizado pela veterana Marion Zimmer Bradley em seu épico Darkover. Outro autor que utiliza-se de conceitos fantásticos mesclando com teorias científicas é Orson Scott Card. Cito suas obras A Odisséia de Whorthing e O segredo do Abismo.

Outro mestre da Ficção é Ray Bradbury com seu Fahrenheit 451, que virou filme na década de 1.960 nas mãos do francês François Truffaut, fazendo grande sucesso na época como ficção alternativa. A história narra um futuro onde os livros são queimados e proibidos, toda e qualquer forma de comunicação é feita através do vídeo. O nome do filme/livro faz uma analogia com a temperatura em que o papel pega fogo pela escala Fahrenheit. Outra obra de sucesso de Bradbury foi As Crônicas Marcianas. Uma interessante analogia que descreve a chegada e posterior conquista de Marte pelos colonos terráqueos, eles conquistam a simpatia de gentis e passivos marcianos que chamam Marte de Tyrr, nome nativo do Planeta. Em 1.999 as primeiras levas de terráqueos saem em direção a Marte, depois de massivos estudos sobre o planeta vermelho, estas viagens vão até 2.026. Contudo os terráqueos são mortos pelos nativos marcianos que usando técnicas telepáticas acabam com todos os colonos, preservando assim sua própria raça e planeta dos invasores da Terra.




O Cinema em geral aproveitou-se do tema Ficção. Até hoje Uma Odisséia no Espaço obra e roteiro de Arthur Clarke é considerado um marco para a Ficção Científica na telona. Duna de Frank Herbert ou Contato de Carl Sagan. Todos grandes escritores que tiveram suas obras roteirizadas para o cinema, contudo o cinema por vezes se torna um assassino de idéias , e os livros são sempre melhores para aqueles que desejam aprofundar-se nas obras e conhecer seus meandros. Duna é um exemplo, constituindo uma obra densa, a qual não pode ser mostrada em três horas de filme com toda a intensidade a respeito da saga de Muadi'b.




Um exemplo de sucesso nas telas de cinema com aval do seu criador foi Blade Runner, baseado em livro de Philip Kindred Dick. Em 1.982 quando morreu disse achar bom o que tinha visto até ali sobre o filme. Seu livro Androids Dream of Electric Sheep? de 1.968 deu origem ao argumento do filme. Apesar dele mesmo afirmar, que seria impossível levar toda a narrativa do livro para o cinema em meras duas horas de filme.

Muitos outros escritores fazem da Ficção Científica um berço de idéias, levando nossa imaginação ferver com as variadas perspectivas para a humanidade, para o planeta ou para o Universo. As possibilidades da imaginação são infinitas e as probabilidades da Ficção tornar-se real são inúmeras, para isso basta apenas entrar no universo proposto pelos autores.

Texto por Adriana Portes
Base Antares

1 de dezembro de 2013


Olá.

Mantenho uma página sobre o jogo MYST – Grande Caverna D’ni, dentre os jogos MYST há um chamado MYST V End of Ages, o vilão da história chama-se Esher, ele é um D’ni Historiador. Na época que publiquei o manual com as soluções do jogo, recebi um e-mail de um visitante, falando da coincidência de nomes, entre Esher e Escher, na época comentei que eu conhecia a obra de Escher e ela era espetacular… 

Neste mundo muita coisa acontece e não é por acaso, posteriormente pesquisando descobri que muitos jogos, utilizam as técnicas elaboradas por Escher para criação de cenários, e achei de bom tom falar de Escher neste espaço para publicação, já que minha paixão por jogos com belas paisagens e multimídia é evidente.


Vamos lá então… Sempre que vejo uma das gravuras de Maurits Cornelis Escher fico impressionada. Creio que a primeira vez que ví uma destas gravuras, foi quando eu tinha cerca de treze anos e estava folheando um livro de filosofia, sempre gostei de ler sobre filosofia, enfim, em uma das páginas havia uma estranha gravura, que mostrava diversas escadas, dependendo da posição da imagem, ou das figuras que estavam dentro da gravura, as escadas exerciam uma função diferente.

Este tipo de truque com escadas é muito utilizada em peças publicitárias, musicais, cinematográficas e de multimídia, principalmente jogos, falando em jogos, muitos deles usam as técnicas deste fabuloso artista para recriar cenários, principalmente seu estudo sobre esferas. O desencadeador deste novo universo da perspectiva foi Escher


Gravura – Relatividade – litogravura de 1.953.

Muitas pessoas vêem as gravuras, acham as mesmas incríveis, pois elas mudam de acordo com a perspectiva, mas não sabem quem é o autor de tal proeza. Pois Maurits Cornelis Escher é uma excelência em seu trabalho, o primeiro e mais criativo deles.

Escher nasceu em 18 de junho de 1.898 em Leeuwarden na Holanda e morreu em 27 de março de 1.972. Durante sua vida ganhou prêmios, teve altos e baixos na carreira e algumas vezes teve sua obra ridicularizada, por aqueles que obviamente não tinham sensibilidade. Para o resto do mundo Escher é considerado o melhor artista gráfico de todos os tempos. O caçula de quatro irmãos, filho de um Engenheiro Civil holandês, ele estudou na Escola de Arquitetura e Artes Decorativas de Haarlem.



Metamorphosis III

Sua obra pode ser dividida por períodos, mas basicamente podemos utilizar os temas: Relatividade com Aclives e Declives, transfiguração de desenhos, Metamorfoses I, II e III, temas com água e seu movimento. Repteis, ou Aves, e outros animais que podem ser combinados em imagens infinitas.

Após seu casamento em 1.924, mudou-se para Roma, onde viveu até 1.935, quando o clima político fascista de Mussolini o forçou a partir, a paisagem italiana o inspirou em várias de suas litogravuras. Foi para a Suíça onde viveu durante dois anos. Então em 1.937 foi para Bélgica, contudo em 1.941 no auge da Segunda Guerra Mundial, ele foi forçado a voltar para a Holanda, onde viveu até sua morte em Baarn.

Em 30 de abril de 1.955, ele recebeu o prêmio da Ordem real da Holanda – Ordem Orange Nassau, uma grande honraria por sua contribuição artística. Se desejar visite o museu Escher.

Abaixo separei algumas de suas imagens:


Waterfall – Queda d’Agua de 1961- Litogravura.
Note que é possível ver a água descendo por trás e pela frente da torre a esquerda.


Répteis de 1.943.
Eles saem do desenho e ganham vida.



Mão com Reflexo esférico de 1.935


Procession in Crypt de 1.927.
Figuras em branco se confundem com as colunas.


Homens.



Desenhos das Mãos – 1.948


Eye 1946 Mezzotint, 7th and final stage.
Veja um crânio bem no centro da Irís.


Três esferas – II 1.946.
Escher no centro.




Peixes – Borboletas e Aves e Peixes.
  

Texto por Adriana Portes
Base Antares