26 de outubro de 2013

Há uma infinidade de filmes ruins por aí. Todos os de Crepúsculo, Percy Jackson, O Hobbit... e a lista segue, dependendo do gosto de cada um. Mas, pode ter certeza, tem sempre aquele que é achar quem curtiu é como ganhar na Mega-Sena ou achar filho de prostituta com nome de Júnior. Pensando nisso, resolvi perder meu tempo (e fazer você perder o seu) para falar de uma obra-prima da podridão que é capaz de chegar um filme.

Senhoras e senhores, vamos falar de Um Lobisomem Mexicano no Texas!

Não julgue o filme pela capa.
Ou julgue,
Sei lá.
Antes de iniciarmos a tortura análise, veja este trailer:



No filme, numa cidade isolada no deserto do Texas onde nada acontece, uma série de assassinatos chocantes aumenta as tensões da já complicada relação entre os brancos e os mexicanos que vivem na fronteira dessa cidade rural. Apenas quatro estudantes locais sabem a verdade: as mortes são causadas pelo Chupacabra, uma fera legendária que suga o sangue de cabras, mas agora está atacando os humanos. Confrontando os adultos da cidade, os quatro estudantes bolam um plano para capturar a fera e receber a recompensa. Mas quando o pai de uma das garotas utiliza-se da histeria em benefício próprio, os estudantes têm de lidar com uma situação que não esperavam.


Segundo diz no fundo do DVD, o filme é dirigido por Scott Magginis, que integrou a equipe de grandes filmes, como O Dia Depois de Amanhã, MIB: Homens de Preto, Independence Day e 12 Macacos. Não sei quem seja o cara, mas ele não aprendeu nada sobre dirigir um filme, nem como disfarçar o orçamento precário que teve para rodar o filme.

Um Lobisomem Mexicano no Texas é um filme de lobisomem sem ter um lobisomem. É uma daquelas coisas ridículas que emprestamos para aquele amigo pentelho só para sacanear ou assistirmos forçados para não ver um programa dominical. Ou para pagar uma promessa ou uma aposta.

O chupacabra.
Sim, sapoha mesmo é o lobisomem.
Olhem os defeitos especiais bem elaborados.
A tal fera se situa entre um gorila despelado e um lobo com dentes tortos, tão de borracha quanto o monstro do clássico O Predador, que foi feito na década de 1980. Numa cena, que é a mais bizarra e idiota de todas, um homem anda por uma rua escura e a coisa medonha o segue como um chimpanzé, esgueirando-se de lado a cada vez que sua vítima olha para trás, escondendo-se atrás de latas de lixo ou algo assim. E depois rola tripas de sacola e molho de tomate saindo de uma camisa rasgada, de forma tão amadora quanto um curta-metragem dirigido por uma criança de 12 anos.

Fora o bicho de borracha, que se limita a ser um homem fantasiado e que se locomove como um macaco, os demais atores são um pé no saco de tão chatos. Melhor momento de um deles é quando uma loira mostra os peitos para chamar atenção da criatura, o que me fez rir e reprisar, admito. Do resto, atuações vazias e cientes da vergonha que é o roteiro, a direção, a produção e a porra toda.

Mas, como eu disse, o filme se trata de um filme de lobisomem sem lobisomem, mas com um gorila saído de algum carnaval bem brega. Portanto, no meio de um cerrado, uma mulher é morta pela criatura, que só é vista no momento do ataque. Assim, como uma porcaria daquela não é vista por ninguém, mesmo num campo aberto de arbustos rasteiros? E em plena luz do dia!?!

Ah! A sinopse acima. Bem, esqueça-a! Depois de uns minutos tudo se perde de modo patético, com caçador de mitos e tudo mais. Quando o filme acaba, você quebra o DVD, chora, reza para qualquer divindade, e nem se lembra mais das tripas de sacolas, do molho de tomate, das perguntas sem respostas ou do homem fantasiado de gorila que ataca de modo esquisito... ou de que um dia reclamou de ter assistido Crepúsculo.

Nota: -9 (ganha 1 ponto pela cena dos peitos, como mencionei acima)
Veja acompanhado. Ao menos servirá para rir. Ou não.

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