6 de novembro de 2013


Nem sempre são os livros que me cativam pelo enredo, há muitos jogos que me causam este encanto, talvez estes jogos de forma inadvertida tenham me oferecido inspiração para criar histórias e contos. Coisa boa também é ter irmãos mais novos. Eles nos mostram coisas excepcionais, tanto nos filmes como nos jogos, e ambos me forçaram a ter contato com coisas que jamais imaginaria conhecer sozinha, tanto no computador como nos consoles tradicionais.

Foi assim que cheguei a uma peça de arte chamada The Dig, um jogo com aval de Steven Spielberg e roteiro de Orson Scott Card.

Era meados da década de noventa quando fui apresentada a este jogo. Um amigo do meu irmão, que estava muito entusiasmado, trouxe o jogo para mostrar para nós e expor sua grande descoberta. A princípio achei que se tratava de um jogo comum, igual a qualquer outro, onde o que importava era atirar e manter-se vivo. Mas fiquei surpresa, The Dig era um jogo de aventura e investigação, onde era necessário resolver uma série de quebra-cabeças para chegar a conclusão dos acontecimentos. 

Na época com os sistemas existentes e a recém chegada dos kits multimídia, era uma grande diversão passar horas jogando na frente dos computadores… E aquele jogo era uma inovação para nós.


 Robbins, Low e Brink na coletiva de Imprensa.

The Dig fez parte de uma boa safra de jogos lançados pela Lucas Arts na década de noventa como: The Curse of Monkey Island, Maniac Mansion: Day of the Tentacle e o Full Throttle.

Eu tive a oportunidade de jogar The Dig e o Full Throttle e lembro-me de passar horas me divertindo muito. Sem falar na qualidade do enredo, a ideia original é de Steven Spielberg e de Alan Dean Foster, o roteiro é de Orson Scott Card, Brian Moriarty e do próprio Spielberg e a música com ares wagnerianos é de Michael Land. Falando nisso a trilha sonora é belíssima e emocionante.


Low, Brink e Robbins chegam ao planeta.

O jogo começa quando um observatório em Borneo capta sinais de um meteoro que está em rota de colisão com a Terra, esta grande pedra ganha o sugestivo nome de Átila, o Rei dos Unos. Ao aproximar-se de nosso planeta, um plano ousado é elaborado pela NASA, e cinco tripulantes são enviados para tentar explodir o meteoro em milhões de pedaços, o máximo que poderia acontecer era uma chuva imensa de meteoritos no céu noturno terráqueo.

Os cinco convocados, Comandante Boston Low, o arqueólogo e geólogo Dr. Ludger Brink, a repórter e linguista Maggie Robbins, o piloto Ken Borden e a chefe de operações e candidata ao Senado Cora Miles, rumam para o asteroide em um ônibus espacial. Contudo após a explosão, que não surte o efeito esperado, Low, Brink e Robbins rumam para Átila e descobrem uma caverna, ao investigarem o local, descobrem sinais de vida inteligente e a missão muda completamente, Borden manda um sinal secreto para o comando da missão avisando que Átila falou, ou seja, há sinais de vida inteligente no asteroide.


Complexo no planeta.

Agora eles devem investigar os sinais alienígenas deixados ali em forma de quatro placas geométricas de metal e tentar travar contato. Porém durante a inspeção na caverna, eles descobrem que as quatro placas servem para acionar um mecanismo intrincado dentro do asteroide que se revela uma nave… 

Os três exploradores ficam presos no interior de Átila e a nave em formato geométrico desaparece da orbita terráquea. Eles são levados a um planeta desconhecido, talvez fora da Via Láctea.




Naves alienígenas perdidas e estranho fantasma.

Ao chegar neste novo planeta, eles precisam vasculhar todo o lugar, resolver intrincados quebra-cabeças e descobrir todas as possibilidades para tentar voltar para a Terra.

Neste meio tempo, Brink sofre um acidente e morre, posteriormente Low encontra uma estranha pedra, que parece reviver os mortos e dá aos vivos uma vida invulnerável. A princípio Low e Robbins ficam surpresos com a descoberta e ao descobrirem que Brink ressuscitou, ficam mais interessados na descoberta… Mas com o passar do tempo notam as mudanças na personalidade do arqueólogo e temem que as pedras na verdade sejam uma maldição e não uma benção.


Área da Tartaruga

Ao investigar mais a fundo as ruínas do antigo planeta, eles acabam ressuscitando um velho guardião que lhes explica toda a história do planeta e de sua raça, informando que ambos devem encontrar a solução para trazer de volta os antigos habitantes para o planeta, assim a espécie deles estará a salvo e eles poderão voltar a Terra… Low e Robbins não vêem outra solução, se quiserem voltar para casa terão que ajudar a trazer de volta os habitantes do antigo planeta, mas onde eles estarão?




Metro esférico e Biblioteca.

Low e Robbins estudam os registros e chegam a conclusão que devem acionar uma espécie de portal dimensional, para buscar os habitantes que viajaram para este lugar para ficarem longe das pedras ‘ressuscitadoras’, mas ao fazer isso precisarão da ajuda de Brink, que não está disposto a colaborar, e todo o processo ainda pode matá-los… E assim a história tem seu ápice, Robbins se sacrifica para salvar Low e os habitantes do planeta… O final da história guarda grandes revelações e boas notícias…


Sala de Mapas.

O mais interessante neste jogo são: os passeios submersos em uma espécie de metro esférico, as paisagens são lindas, o planetário e as chaves de cristais, sempre com quatro formas geométricas… E as portas abertas pelas chaves geométricas. O lugar todo é muito lindo e merecia um aprimoramento para os sistemas atuais, com cenários mais realísticos e programação em plasma dos personagens, ao estilo de Unreal Engine.


 Área da catacumba.

Muita aventura e muitas descobertas, The Dig é um universo fantástico e inesquecível. Atualmente não há como jogar The Dig nos sistemas operacionais existentes, mas há um programa, que consegue fazer o jogo rodar normalmente. O Scummvm é uma espécie de máquina virtual, que aciona os arquivos de execução do jogo. Outra vantagem é a possibilidade de fazer ajustes no tamanho da tela, no som e nas opções básicas.


Painel do Scumm.

Basta você ter o Cd de instalação. Crie um diretório no seu computador, e copie todos estes arquivos para dentro deste diretório. Depois instale o Scummvm, ao entrar você verá a opção, ‘Adicionar Jogo’, clique e escolha o diretório onde você gravou os arquivos, em seguida escolha o arquivo executável do jogo. No caso do The Dig é ‘c:/dig/DIG.exe’, pronto o jogo será carregado, em seguida você poderá definir as configurações em ‘Opções’. O Scummvm grava e carrega as etapas jogadas. Muito prático e eficiente. Graças a esta máquina virtual, muitos saudosos como eu, conseguiram jogar estas aventuras inesquecíveis.

Para quem não tem o jogo e não tem paciência para instalar o Scumm.
Visite: The Dig no Steam
Para quem não conhece o  jogo. 

Para quem tem o jogo antigo e quer jogar via Scumm.
ScummVM para copiar. http://scummvm.org/downloads/



Texto por Adriana Portes
Base Antares

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