O mundo quase acabou no ano 1000, quando a sabedoria popular pregava que após mil anos do nascimento de Cristo, tudo acabaria. Alvoroço, desespero, correria, gente se arrependendo de seus pecados, gente se matando... aquelas coisas de sempre. O fato mais espantoso do réveillon foi "violentos tremores" que "sacudiram a Europa, destruindo edifícios sólidos e magníficos". Mas, pode ser um relato fantasioso.
Mas, e se a contagem tivesse sido errada? O mundo deveria acabar mil anos depois a morte (e ressurreição) de Cristo. Ou seja, 1033. E assim tudo se acabou pela segunda vez.
Um profeta anabatista, cujo nome era Melchior Hoffman, disse que haveria o maior incêndio de todod os tempos, um milênio e meio depois da morte (e ressurreição) de Cristo. E 1533 passou como todos os anos anteriores.
Se o mundo se recusa a acabar com fogo, como deveria acontecer, que seja por uma inundação! E o teólogo inglês William Whiston previu que o mundo começaria a findar numa enchente no dia 13 de outubro de 1736. E adivinha! Esqueceram de avisar São Pedro naquele dia...
E há três casos curiosos e engraçados sobre o fim de nosso mundinho.
Não sei como (mas tentarei saber), as Testemunhas de Jeová pegaram a Bíblia e fizeram cálculos e mais cálculos até descobrirem que o ano de 1914 era "o ano da geração que não passará". Era tudo tão sério que a profecia esteve na revista A Sentinela e outras publicações oficiais (e mundiais). E começou a Primeira Guerra Mundial!
Mas, a vida é uma caixinha de surpresas, e quatro anos se passaram. Assim, "em 1918, Deus fará tremer as nações com revoluções gigantescas... Todo o reino da Terra passará", como dizia um trecho do livro O Tempo Está Próximo, publicado em 1916. Acabou a Primeira Guerra. Houve alguns conflitos e revoluções, mas nada do mundo acabar.
Certo. Duas falhas são normais, né? É assim a matemática, mas "podemos seguramente esperar que 1925 marcará a volta às condições de perfeição humana, de Abraão, Isaac, Jacó e antigos profetas fiéis...", assim dizia um panfleto das Testemunhas de Jeová.
E assim eles cansaram de chutar datas, alegando apenas que o fim está próximo.
O legal das profecias do fim do mundo é que elas costumam ser meio retrô. Ou a raça humana é incapaz de aprender com os erros. Ou gosta de ser enganada. Ou um pouco de tudo isso. No longínquo século 16 um homem chamado Nostradamus escreveu a seguinte centúria:
"Ano 1999, sete meses,
Do céu virá um grande Rei do espanto:
Ressuscitar o grande Rei de 'Angolmois'.
Antes e depois de Marte reinar pela felicidade."
Certo. E assim mais uma vez houve o desespero pelo "fim do milênio", que só aconteceria um ano depois.
E estamos às vésperas de 21 de dezembro de 2012. O mundo vai acabar? Descobriremos amanhã ou depois.
Bônus: Se você não vai sair na sexta, para aproveitar o grande evento, assista um desses filmes do Roland Emmerich, o diretor que ama o desastre, a catástrofe, o fim do mundo:
- Independence Day (1996). Um bom filme com Will Smith e aliens. Quase um clássico.
- O Dia Depois de Amanhã (2004). Sobre um super aquecimento global. Tem belas cenas.
- 2012. (2009). Ruim! Péssimo! Pior que ele só a teoria em que é baseada! Assista para rir depois, caso o mundo não acabe.
Fontes consultadas: Superinteressante - Guia do Sobrenatural e Grandes Temas do Conhecimento - História Oculta, nº 2.
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