21 de novembro de 2013


Olá caro leitor. Hoje começo a publicar uma série de pequenas biografias que possuo de autores de Ficção Científica, assim quem não os conhecer poderá ir atrás dos livros e quem já conhece poderá gostar do artigo...

Robert Anson Heinlein nasceu em 07 de julho de 1907 em uma cidade do interior de Missouri chamada Butler, contudo passou grande parte de sua infância em Kansas City entre sete irmãos.

Em 1925 entrou para a Universidade de Missouri e depois para a Academia Naval de Anápolis graduando-se em 1929. Serviu a Marinha e durante cinco anos, assumiu o posto de tenente abordo de um destróier, foi exonerado depois que contraiu tuberculose, a primeira de uma série de doenças que acompanhariam sua vida.

Depois de sair da Marinha cursou Física e Matemática na UCLA, Universidade da Califórnia. Durante a Segunda Guerra Mundial foi destacado pela Marinha, mesmo exonerado, para trabalhar em um laboratório experimental de vôo, este laboratório ficava na Filadélfia e foi o mesmo onde trabalhou Isaac Asimov, porém este último era da área de Bioquímica.

Foi um dos primeiros escritores de Ficção Científica que viveu exclusivamente das vendas de suas obras. Ele é considerado um dos três grandes da ficção científica, junto com Asimov e Clarke, ganhou quatro Prêmios Hugo no decorrer de sua carreira literária. O Prêmio Hugo é o mais importante prêmio na área da literatura de Ficção Científica.



Os livros ganhadores deste prêmios foram:
1956 - Double Star.
1960 - Starship Troopers.
1962 - Stranger in a Strange Land.
1967 - The Moon is a Harsh Mistress.
1975 - Foi considerado como O Grande Mestre pelos Escritores da América.



Robert Heinlein e sua esposa no set de filmagem de Destination Moon de 1950.

Cronologia

1939 - Publica sua primeira obra na Astounding Science Fiction , Life-Line, depois disso publicou contos em grande escala, em vista disso usou vários pseudônimos: Anson MacDonald, Lyle Monroe, Caleb Saunders, John Riverside e Simon York, com este último pseudônimo ele escreveu contos de detetives.

1948 - 1962 - Publica inúmeros contos e livros para o público juvenil, a única diferença destes livros para os livros destinados aos adultos é a exclusão das cenas de sexo e as características do herói, que era sempre um adolescente.

Durante este período ele também escreve os mais célebres livros de sua carreira, também conhecida como Era de Ouro para toda a ficção cientifica.

1953 - Heinlein visita o Brasil, a primeira visita de duas. Isso influencia sua obra principalmente em Podkayne of Mars - 1962, onde Vênus é colonizada por brasileiros e em Tramp Royale, publicação póstuma em 1992, neste livro o Brasil domina a economia mundial no século 21.

Na década de cinqüenta também publica: The puppet Masters - 1951, Double Star - 1956, The Door into Summer - 1957.


Mais sobre o autor

Heinlein possui três qualidades necessárias para um bom escritor de Ficção Científica. Ele cria bons cenários, personagens marcantes e bons argumentos científicos mesmo que fictícios. Suas criações possuem uma estrutura lógica levando para um desfecho sempre eletrizante. Ele mescla genialmente a Ficção Científica hard, com a Fantasia, criando bons enredos na área especulativa, muitas vezes com um padrão aceitável de viabilidade em um futuro próximo para a humanidade.


Ele foi o precursor da Nova Era da Ficção Científica , trazendo para as narrativas um pouco das várias áreas do conhecimento: administração, sociologia, parapsicologia, política, economia, genética entre outros. Seus personagens interagem com o leitor, além dele próprio colocar suas vivências pessoais nos livros. Inclusive seu sucesso com os leitores sempre foi surpreendente isso foi demonstrado após dois anos de sua primeira publicação, logo em seguida ele começa a ser convidado para convenções de ficção científica sempre com status de honra.


Suas obras sempre inspiraram o cinema, Space Cadet -1948 e Rocketship Galileo - 1947 inspiraram o filme Destino Lua de 1950. Seu Tropas Estelares - 1959 inspirou o recente filme de mesmo nome, aqui vale um adendo, este filme mesmo inspirado na obra de Heinlein, deixou muito a desejar quando não mostra em seu roteiro a verdadeira filosofia do livro, onde Heinlein descreve a transformação do herói da história, Rico, adolescente mimado, virando um soldado amadurecido. Muitos fãs se decepcionaram com o filme.



Um estranho em uma terra estranha


Sua obra mais conhecida é Um Estranho em Terra Estranha - 1961. Usando sua forma de escrever característica, ele satiriza as atitudes religiosas e políticas referentes as atitudes sexuais da década de 60. Neste livro ele faz uma apologia a cultura Hippie e isso o tornou uma celebridade entre o público da época. Na verdade ele questionava todos estes novos costumes que emergiram na época.

Infelizmente quando o manuscrito passou pelas mãos dos editores ele foi obrigado a retocar 30% das cenas de sexo do livro, mas em 1992 uma publicação póstuma foi lançada com o livro na integra.

Com o lançamento de Um Estranho em Terra Estranha, as vendas de Heinlein foram acentuadas, tudo o que Heinlein escrevia vendia, e isso foi argumento suficiente para os editores saírem do "pé dele", assim ele começou a escrever sem restrições sobre qualquer assunto nos seus livros.






Em 'Time Enough for Love' - 1973, ele conta as aventuras, vida e amores de Lazarus Long o mais cativante de seus personagens, neste livro ele avança na temática sexual. Mas um dos seus temas prediletos principalmente no fim de sua vida foi a viagem para/ou criação de outros universos, isso fica patente em suas últimas obras , The cat who walks through Walls - 1985, nome inspirado em uma experiência física que estuda a teoria de Universos Paralelos - Gato de Schrödinger, e To Sail beyond The Sunset - 1987.






Ele faleceu em 8 de maio de 1988, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram jogadas ao mar com honras militares. Heinlein mereceu seu título ele foi realmente um Grande Mestre da Ficção Científica e sua obra será eterna.




Suas obras
Os títulos estão em inglês as traduções dos títulos estão livres

1940 - 42 - Waldo & Magic Inc. (Agência de mágicos)
1947 - Rocketship Galileo. (Foguete Galileo)
1948 - Beyond this Horizon. (Além deste horizonte)
1948 - Sixth Column. (A Sexta coluna)
1948 - Space Cadet. (Cadete Espacial)
1949 - Red Planet. ( O planeta vermelho)
1950 - Farmer in the Sky. (Fazendeiro no céu)
1950 - The Man Who Sold The Moon.
1951 - Between Planets. (Entre Planetas)
1951 - Orphans of the Sky. (Orfãos do Céu)
1951 - The Puppet Masters. (Os mestres dos fantoches)
1952 - The Rolling Stones. (As pedras rolam)
1953 - Assignment in Eternity.
1953 - Starman Jones. (Jones o homem estelar)
1954 - The Green Hills of Earth.
1954 - Revolt in 2100. (Revolta em 2100)
1954 - The Star Beast. (A estrela da besta)
1955 - Tunnel in The Sky. (Túnel no céu)
1956 - The Door into Summer. (A porta para o verão)
1956 - Double Star. (Estrela Dupla)
1956 - Time for The Star. (Tempo para as estrelas)
1957 - Citizen of the Galaxy. (Cidadão da Galáxia)
1958 - Have Spacesuit Will Travel.
1958 - Methuselah's Chindren. (Os filhos de Matusalém)
1959 - The Menace from Earth. ( A ameaça da Terra)
1959 - Starship Troopers. (Tropas Estelares)
1959 - The Unpleasant Profession of Jonathan Hoag.
1961 - Stranger in a Strange Land.
1962 - Podkayne of Mars. (Casulo de Marte)
1963 - Glory Road. ( Estrada da Glória)
1964 - Farnham's Freehold.
1966 - The Moon is a Harsh Mistress.
1967 - The past through tomorrow. (O passado através do amanhã)
1970 - I Will Fear no Evil. (E não temo nenhum mal)
1973 - Time enough for love. (Tempo suficiente para amar)
1978 - The Notebooks of Lazarus Long. (Diários de Lazarus Long)
1980 - Expanded Universe. (Universo Expandido)
1980 - The Number of the Beast. (O Número da Besta)
1982 - Friday. (Sexta-feira)
1984 - Job: A comedy of justice. (Emprego: uma comédia justa)
1985 - The Cat Who Walks Through Walls. (O gato que cruza as paredes)
1987 - The Sail Beyod de Sunset. (Navegando além do Pôr do Sol)
1989 - Grumbles from the Grave. (Resmungos da Cova)
1992 - Requien and Tributes to the grand master. (Réquiem e tributo ao Grande Mestre)
1992 - Tramp Royale. (Armadilha Real)

Texto por Adriana Portes
Base Antares

12 de novembro de 2013

Numa conversa pelo bate-papo do Facebook e pesquisando no Google, deparei-me com algumas capas de livros no mínimo peculiares. A maioria é de origem estrangeira e quase nada deixam evidente sobre o conteúdo da obra. Resolvi reunir algumas aqui, conforme a pesquisa me revelou.

Com vocês, as piores capas de livros do mundo!

Legal! É a história de uma companhia de rosquinhas!
o.O

Olhando a imagem, vemos Eva e Adão (trocadilho infame, cara!) encontrando a Fera (da Disney) em seus dias de mau humor. E no espaço... com uma cidade de luz. Deve ser livro espírita.

Olha a cara de tédio do gato! Só olha!

Não acho que seja uma péssima capa. Até que gostei, sabe?

Dos mesmos criadores de Pou... só pode. E é para criança isso, cara!

Nem os clássicos escapam. Nem sei o motivo da expressão da moça.

Um afrodescendente jogador de basquete pelado numa motocicleta. o.O
Que raio de livro é este?

Nem vi maldade, cara.

Capa de banda de forró.

Mamilos polêmicos.
(E o que a imagem tem a ver com o título, cara?)

Outra capa que até que gostei.

O lagartão aí se assustou com o que leu... só pode.

Para onde será que o cara tá olhando?
(Reparem no físico excepcional do modelo)

Tá. Olha o título e a imagem.
Erótico? Terror?

Fantasmas... uma mulher pelada... um cara desmaiado... não entendi.

A melhor fotomontagem para os çatanistas adoradores dos capirotos das redes sociais!

Vey... na boa...

Invejosos dirão que foi feito no Paint.

=\
Cara...

Outro clássico da fotomontagem.

A história de rivalidade entre uma espada e uma espingarda.

Livro abençoado!

Bode gaiato, nam!

Maomenos...

Você deixaria seu filho ler um livro com este título e esta capa?

Dizem que tem um sapo nesta imagem.

Outro livro para os jogadores de Pou. Agora em 3D.

A mão da mulher está lá... e o cara se fazendo de difícil.
(E o título diz tudo)

Melhor que A Lagoa Azul.

6 de novembro de 2013


Nem sempre são os livros que me cativam pelo enredo, há muitos jogos que me causam este encanto, talvez estes jogos de forma inadvertida tenham me oferecido inspiração para criar histórias e contos. Coisa boa também é ter irmãos mais novos. Eles nos mostram coisas excepcionais, tanto nos filmes como nos jogos, e ambos me forçaram a ter contato com coisas que jamais imaginaria conhecer sozinha, tanto no computador como nos consoles tradicionais.

Foi assim que cheguei a uma peça de arte chamada The Dig, um jogo com aval de Steven Spielberg e roteiro de Orson Scott Card.

Era meados da década de noventa quando fui apresentada a este jogo. Um amigo do meu irmão, que estava muito entusiasmado, trouxe o jogo para mostrar para nós e expor sua grande descoberta. A princípio achei que se tratava de um jogo comum, igual a qualquer outro, onde o que importava era atirar e manter-se vivo. Mas fiquei surpresa, The Dig era um jogo de aventura e investigação, onde era necessário resolver uma série de quebra-cabeças para chegar a conclusão dos acontecimentos. 

Na época com os sistemas existentes e a recém chegada dos kits multimídia, era uma grande diversão passar horas jogando na frente dos computadores… E aquele jogo era uma inovação para nós.


 Robbins, Low e Brink na coletiva de Imprensa.

The Dig fez parte de uma boa safra de jogos lançados pela Lucas Arts na década de noventa como: The Curse of Monkey Island, Maniac Mansion: Day of the Tentacle e o Full Throttle.

Eu tive a oportunidade de jogar The Dig e o Full Throttle e lembro-me de passar horas me divertindo muito. Sem falar na qualidade do enredo, a ideia original é de Steven Spielberg e de Alan Dean Foster, o roteiro é de Orson Scott Card, Brian Moriarty e do próprio Spielberg e a música com ares wagnerianos é de Michael Land. Falando nisso a trilha sonora é belíssima e emocionante.


Low, Brink e Robbins chegam ao planeta.

O jogo começa quando um observatório em Borneo capta sinais de um meteoro que está em rota de colisão com a Terra, esta grande pedra ganha o sugestivo nome de Átila, o Rei dos Unos. Ao aproximar-se de nosso planeta, um plano ousado é elaborado pela NASA, e cinco tripulantes são enviados para tentar explodir o meteoro em milhões de pedaços, o máximo que poderia acontecer era uma chuva imensa de meteoritos no céu noturno terráqueo.

Os cinco convocados, Comandante Boston Low, o arqueólogo e geólogo Dr. Ludger Brink, a repórter e linguista Maggie Robbins, o piloto Ken Borden e a chefe de operações e candidata ao Senado Cora Miles, rumam para o asteroide em um ônibus espacial. Contudo após a explosão, que não surte o efeito esperado, Low, Brink e Robbins rumam para Átila e descobrem uma caverna, ao investigarem o local, descobrem sinais de vida inteligente e a missão muda completamente, Borden manda um sinal secreto para o comando da missão avisando que Átila falou, ou seja, há sinais de vida inteligente no asteroide.


Complexo no planeta.

Agora eles devem investigar os sinais alienígenas deixados ali em forma de quatro placas geométricas de metal e tentar travar contato. Porém durante a inspeção na caverna, eles descobrem que as quatro placas servem para acionar um mecanismo intrincado dentro do asteroide que se revela uma nave… 

Os três exploradores ficam presos no interior de Átila e a nave em formato geométrico desaparece da orbita terráquea. Eles são levados a um planeta desconhecido, talvez fora da Via Láctea.




Naves alienígenas perdidas e estranho fantasma.

Ao chegar neste novo planeta, eles precisam vasculhar todo o lugar, resolver intrincados quebra-cabeças e descobrir todas as possibilidades para tentar voltar para a Terra.

Neste meio tempo, Brink sofre um acidente e morre, posteriormente Low encontra uma estranha pedra, que parece reviver os mortos e dá aos vivos uma vida invulnerável. A princípio Low e Robbins ficam surpresos com a descoberta e ao descobrirem que Brink ressuscitou, ficam mais interessados na descoberta… Mas com o passar do tempo notam as mudanças na personalidade do arqueólogo e temem que as pedras na verdade sejam uma maldição e não uma benção.


Área da Tartaruga

Ao investigar mais a fundo as ruínas do antigo planeta, eles acabam ressuscitando um velho guardião que lhes explica toda a história do planeta e de sua raça, informando que ambos devem encontrar a solução para trazer de volta os antigos habitantes para o planeta, assim a espécie deles estará a salvo e eles poderão voltar a Terra… Low e Robbins não vêem outra solução, se quiserem voltar para casa terão que ajudar a trazer de volta os habitantes do antigo planeta, mas onde eles estarão?




Metro esférico e Biblioteca.

Low e Robbins estudam os registros e chegam a conclusão que devem acionar uma espécie de portal dimensional, para buscar os habitantes que viajaram para este lugar para ficarem longe das pedras ‘ressuscitadoras’, mas ao fazer isso precisarão da ajuda de Brink, que não está disposto a colaborar, e todo o processo ainda pode matá-los… E assim a história tem seu ápice, Robbins se sacrifica para salvar Low e os habitantes do planeta… O final da história guarda grandes revelações e boas notícias…


Sala de Mapas.

O mais interessante neste jogo são: os passeios submersos em uma espécie de metro esférico, as paisagens são lindas, o planetário e as chaves de cristais, sempre com quatro formas geométricas… E as portas abertas pelas chaves geométricas. O lugar todo é muito lindo e merecia um aprimoramento para os sistemas atuais, com cenários mais realísticos e programação em plasma dos personagens, ao estilo de Unreal Engine.


 Área da catacumba.

Muita aventura e muitas descobertas, The Dig é um universo fantástico e inesquecível. Atualmente não há como jogar The Dig nos sistemas operacionais existentes, mas há um programa, que consegue fazer o jogo rodar normalmente. O Scummvm é uma espécie de máquina virtual, que aciona os arquivos de execução do jogo. Outra vantagem é a possibilidade de fazer ajustes no tamanho da tela, no som e nas opções básicas.


Painel do Scumm.

Basta você ter o Cd de instalação. Crie um diretório no seu computador, e copie todos estes arquivos para dentro deste diretório. Depois instale o Scummvm, ao entrar você verá a opção, ‘Adicionar Jogo’, clique e escolha o diretório onde você gravou os arquivos, em seguida escolha o arquivo executável do jogo. No caso do The Dig é ‘c:/dig/DIG.exe’, pronto o jogo será carregado, em seguida você poderá definir as configurações em ‘Opções’. O Scummvm grava e carrega as etapas jogadas. Muito prático e eficiente. Graças a esta máquina virtual, muitos saudosos como eu, conseguiram jogar estas aventuras inesquecíveis.

Para quem não tem o jogo e não tem paciência para instalar o Scumm.
Visite: The Dig no Steam
Para quem não conhece o  jogo. 

Para quem tem o jogo antigo e quer jogar via Scumm.
ScummVM para copiar. http://scummvm.org/downloads/



Texto por Adriana Portes
Base Antares