Como eu disse acima, não é apenas um filme de artes marciais com Jet Li. Começando pela história, que é digna de um bom livro de ficção científica. Há claras referências às mitologias nos nomes dos universos, que totalizam, até aquele momento, 125, afinal basta uma estrela morrer para que surja um buraco negro para que outro universo seja criado. É o famoso Multiverso (ou Multiuniverso).
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Uma das versões assassinadas.
Vida loca! |
Com isso, temos um rebelado (Gabriel seria uma alusão a um poderoso arcanjo?), que vai e vem pelos universos matando suas versões para se tornar o Único do título. E a parte em que conhecemos algumas dessas versões é muito interessante, pois nota-se dois padrões: os universos são batizados em nomes de deuses e personagens mitológicos e os assassinados possuem "LAW" em algum momento, seja no nome ou sobrenome. Detalhes simples, mas que impressionam o cuidado que teve o roteirista.
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Quebra ossos. |
Mas o que vale neste filme é a pancadaria, certo?
The One cativa pelas coreografias e o visual sombrio que predomina a maioria da película, sem apelar aos raios
lasers para ser futurista ou nada do tipo. Embora as atuações sejam de boas a medianas, todos conseguem cumprir seu papel. Li equilibra bem os dois polos destinados a se enfrentarem, numa caçada de gato e rato que se torna uma bola de neve para o final. Jason Stathan mantém aquele jeito rude de ser, o tipo de cara que não está nem aí para as regras, contudo ainda cru na atuação, que viria a melhorar tempo depois; acho que seu carisma esteja em ser assim mesmo. Carla Gugino se sai bem como a esposa da última versão viva;
uma pena que não apareça com pouca roupa, como já se tornou comum nos filmes em que ela atua. E Delroy Lindo é... bem... o antigo amigo de Yulaw, que reluta em matar o assassino e tenta manter o novo parceiro na linha.
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Ambos ainda se reencontrariam em outros filmes. |
As cenas são bem coreografadas, como mencionei, cumprindo sua importância num filme de artes marciais. Os efeitos especiais, aquém do esperado para a época, transmitem todo o poder foderoso dos combatentes interpretados por Li. Uma coisa que receava era quando os dois personagens se encontrassem, pois um dublê sempre é estranho nesses casos; contudo, é quase impossível notar as mudanças de atores nas cenas em que ambos descem a porrada um no outro! Tudo tão bem cuidado que enche os olhos quando ambos demonstram todas as habilidades; os efeitos na batalha final animam até os mais exigentes.
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Nada como levantar uns pesos. |
A trilha sonora é agitada, com sons pesados e contagiantes, dando um peso e tanto para o conjunto. Um ponto muito bem acertado.
O desfecho não desaponta, como é esperado, apesar de restar algumas dúvidas. E a cena final é perfeita!
Recomendo o filme para todos aqueles que buscam um bom filme de ação e ficção científica. Também recomendo que pesquisem acerca dos assuntos abordados depois ou antes de assistirem, pois é uma viagem e tanto pelos campos especulativos não apenas da ciência, mas da imaginação humana.
Nota: 8,5
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Leve como uma borboleta... |
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... forte como o Superman... |
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... o Único! |
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